Após pouco mais de um mês, local escolhido, que fica a 15 minutos de navegação de Salvador, já virou lar de vários cardumes.
Veja o que aconteceu no local em que dois barcos foram afundados de maneira controlada Faz pouco mais de um mês, duas embarcações afundaram na Baía de Todos os Santos, na costa baiana.
Foi uma ação proposital, toda controlada e com um objetivo nobre.
Não precisou muito tempo para eles se sentirem em casa.
São vários cardumes de sardinhas e pequenos peixes passando tranquilamente pelas embarcações — uma surpresa até para os mergulhadores.
Nem eles esperavam uma ocupação tão rápida: pouco mais de 30 dias depois do afundamento de duas grandes embarcações, o ferry boat Agenor Gordilho e o rebocador Vega.
"A quantidade de vida que já fica ao redor do naufrágio é impressionante.
Você já percebe a criação de algumas algas, algumas esponjas na estrutura do navio e a tendência que essas algas acabem.
Animais de pequeno porte acabam atraindo animais de médio porte e esses os de grande porte”, conta o instrutor de mergulho Gilson Galvão.
A chegada rápida desses milhares de peixinhos ainda vem sendo estudada, mas pesquisadores acreditam que a localização pode ser uma explicação.
“Como ele tá numa área de bastante correnteza, os dois, principalmente o Agenor Gordilho, ele acaba recebendo bastante plâncton nas variações de maré, que acaba se concentrando ao redor dele e isso atrai os peixes que se alimentam de plâncton”, explica o pesquisador Rodrigo Maia.
E a nova morada do fundo do mar já está favorecendo também o turismo náutico.
“Fantástico também a facilidade que você tem de acessar esses pontos que eu acho que a única no Brasil todo.
Em 10 minutos você está no local, mergulha, volta daqui a pouco e está no trabalho ou em casa.
Tá tranquilo.
É show”, diz o empresário e mergulhador Marcelo Mesquita.
É justamente por estar dentro de uma área urbana, a no máximo 15 minutos de navegação da cidade, que o cuidado agora é para que o local não passe a ser alvo de pesca e prejudique esse ambiente que está começando a se formar.
Se tudo der certo, a expectativa dos mergulhadores é de que em um ano as duas embarcações se tornem um verdadeiro oásis marinho.
É que para ter equilíbrio e mais concentração de peixes, esponjas e corais é preciso ter mais tempo e menos ação do homem.
“A pesca influencia porque os peixes alvo dela são justamente os que têm menos quantidade, os mais raros nos recifes e os mais importantes para controlar os recifes.
Eles não existindo, essa dinâmica vai ser totalmente diferente do que deveria ser”, diz Rodrigo Maia.
É esperança de vida nova nas águas claras e quentes da Baía de Todos os Santos.
Publicada por: RBSYS
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