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Diretora do MTG critica protesto de bancada negra contra Hino Riograndense

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Diretora do MTG critica protesto de bancada negra contra Hino Riograndense

Na cerimônia de posse, na sexta-feira (1º), parlamentares permaneceram sentados durante a execução do hino.

Eles alegam que verso é racista.

Diretora do MTG Julia Graziela critica protesto de bancada negra contra Hino Riograndense Arquivo pessoal Negra, a diretora de Manifestações Individuais e Espontâneas do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Julia Graziela Azambuja dos Santos Dutra, criticou o protesto da bancada negra na Câmara de Vereadores contra o Hino Riograndense.

Na cerimônia de posse, na sexta-feira (1º), os parlamentares permaneceram sentados durante a execução.

Já o vereador Matheus Gomes (PSOL), ao justificar a sua recusa em cantá-lo, declarou: “Não temos obrigação nenhuma de cantar um verso que diz que o nosso povo não tem virtudes, por isso foi escravizado”, declarou, explicando que a UFRGS, onde faz mestrado, já reconhece a não obrigatoriedade de execução do hino, “fruto da luta da comunidade negra”.

A postura do vereador provocou uma enxurrada de críticas a ele na página do Repórter Farroupilha, no Facebook, e alguns poucos apoios.

Muitos alegam que o sentido da frase não é racista e, sim, tem a ver com a relação do Rio Grande do Sul com Império.

A diretora do MTG também discordou da atitude do parlamentar: “Enquanto a bancada negra fica sentada e não canta o hino, nosso povo perde um precioso tempo de ser protagonista de uma nova história, história essa que cabe a nós negros deste século, escrever.

Este é nosso tempo, precisamos sair das amarras, lutar com as armas do respeito e da igualdade e quebrar alguns preconceitos próprios.

Nós somos diferentes e fizemos a diferença, quanto não fecharmos os olhos para a realidade.

Enquanto nosso povo se comportar assim, seremos coadjuvantes da própria história”, afirma Julia.

Também negra, a declamadora e vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, Liliana Cardoso, pondera que a frase “povo que não tem cultura, acaba por ser escravo” refere-se à escravidão econômica de um sistema, mas entende que é, sim, racista.

“Chega de constrangimento, essa frase tem cunho racista e nos ofende.

Nossos Lanceiros Negros na revolução foram enganados com falsas promessas de liberdade”, acrescenta.


Publicada por: RBSYS

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