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Aumento de casos de Covid faz China confinar milhões de habitantes

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Aumento de casos de Covid faz China confinar milhões de habitantes

Na terça-feira (15), o país registrou um recorde de casos desde a primeira onda em 2020.

Ao menos 13 cidades foram totalmente isoladas e várias adotaram lockdown parcial.

A pandemia também voltou a preocupar em outros países da Ásia e da Europa.

Subida de casos de Covid volta a assombrar a China Enquanto em todo o mundo as regras de distanciamento começam a ser abolidas, a China voltou a ser assombrada com o aumento vertiginoso de casos de Covid e, nesta semana, decidiu confinar milhões de habitantes.

O surto da doença atingiu diversas cidades da China.

Na terça-feira (15), o país registrou um recorde de casos desde a primeira onda em 2020.

Ao menos 13 cidades foram totalmente isoladas e várias adotaram lockdown parcial.

Uma das mais atingidas foi a metrópole de Shenzhen, no sul do país.

A região é conhecida como o Vale do Silício chinês por concentrar fábricas que produzem equipamentos eletrônicos para o mundo inteiro.

O sistema de transporte público parou de funcionar, e 17,5 milhões de pessoas foram colocadas em isolamento.

As autoridades chinesas relacionam o aumento das infecções a um surto na vizinha: Hong Kong.

Por lá, 300 mil pessoas estão em quarentena, também no pior momento da pandemia na ilha.

Até a Coreia do Sul, exemplo até então no combate ao coronavírus, vê o número de casos crescer rapidamente.

Nesta quinta-feira (17), o país registrou um novo recorde diário, com mais de 620 mil infecções por Covid.

O virologista Fernando Spilki diz que os números refletem mudanças de comportamento da população e a chegada de uma nova variante.

“A Coreia do Sul já teve um sistema de testagem larga escala muito mais incisivo do que tem hoje, e também distanciamento social bem mais incisivo, mas, desde o final do ano passado, há uma série de flexibilizações que são notadas e reportadas em outros países da região e que agora associado com a introdução de uma das variantes da ômicron, que é a BA.

2, está se associando com outros fatores para gerar um surto de proporções maiores”, explica.

A pandemia também voltou a preocupar países da Europa; entre eles, Suíça, Reino Unido, França e Itália.

Na Alemanha, o número de casos triplicou em menos de uma semana.

Na maioria dos países, o número de mortes não seguiu a tendência e tem se mantido estável ou até mesmo caído.

“Estamos vendo surtos acontecendo na Alemanha, por exemplo, elevando o número de casos, e já começa a ficar muito claro um cuidado que os países vão ter que ter ao longo do tempo”, destaca Spilki.

Na quarta-feira (17), o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom, disse que a pandemia ainda está longe do fim, e que o aumento de casos, especialmente na Ásia, está ocorrendo apesar da redução dos testes, o que significa que estamos vendo apenas “a ponta de um iceberg”.

Os especialistas dizem que o retrato da pandemia na Ásia e na Europa deve servir de alerta para o Brasil; lembram que a vacinação, especialmente de crianças, precisa avançar com mais rapidez; e avaliam que ainda é cedo para abandonar algumas medidas de proteção.

“A retirada de máscaras, da obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre é uma medida compatível com o cenário epidemiológico atual no Brasil, e não é porque estão aumentando casos em alguns lugares do mundo que nós vamos mudar nossa decisão.

Agora, em alguns casos, o Brasil tem sido apressado demais: ‘Vamos tirar a máscara também em ambiente fechado’.

Não, aí não.

Aí é precipitação, é o tal do sinal de alerta.

O que está acontecendo na Europa e na Ásia tem que servir de alerta para o Brasil”, defende Pedro Hallal, infectologista da Universidade Federal de Pelotas.


Publicada por: RBSYS

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