loader

Amazonas prepara alas de maternidades para atender mulheres com Covid

  • Home    /
  •    Notícias    /
  • Amazonas prepara alas de maternidades para atender mulheres com Covid
Amazonas prepara alas de maternidades para atender mulheres com Covid

A medida provocou críticas do sindicato dos médicos.

O governo está fazendo a ampliação de leitos para pacientes com a doença dentro de unidades de saúde que já existem, mas há a preocupação com a distribuição de infectados por várias unidades.

Amazonas prepara alas de maternidades para atender mulheres com Covid O governo do Amazonas prepara abertura de alas em maternidades para atender mulheres com Covid.

O sindicato dos médicos é contra.

Uma maternidade já está sendo preparada para receber preferencialmente grávidas e mães em pós-parto com Covid, mas caso o governo necessite vai encaminhar também outras mulheres com a doença.

Segundo a Secretaria de Saúde do Amazonas, hoje, 55% dos atendimentos motivados pela Covid são de mulheres.

Desde março uma maternidade de Manaus era usada como referência para atender mulheres grávidas e com necessidades obstétricas com Covid.

Agora, o Instituto da Mulher do Amazonas vai dispor de 46 leitos clínicos e 13 UTIs para pacientes com a doença.

A Secretaria de Saúde informou que vai trabalhar na contratação de profissionais para atender a ala já na próxima semana e que outras seis maternidades estaduais vão receber camas, materiais e insumos para possíveis necessidades de atendimento por Covid.

O governo vem reconfigurando a rede de saúde para enfrentar a pandemia.

Nos últimos dois meses, ampliou a rede de atendimento de 457 para 962 leitos exclusivos para atendimento covid em Manaus.

Mas a distribuição de infectados por várias unidades e a previsão de atendimento em maternidades preocupam.

O Sindicato dos Médicos diz que a proposta do governo aumenta o risco para as grávidas.

"Vai botar paciente de covid dentro de uma maternidade ? Que grávida já uma paciente de alto risco, é um absurdo.

Tá abrindo porta de entrada de covid em tudo quanto é unidade de saúde.

Ao invés de colocar a doença em um, dois lugares de forma referenciada está espalhando a doença dentro da capital e do estado, contaminando outras pessoas e contaminando os profissionais de saúde também.

Tem que abrir o hospital de campanha”, diz Mário Vianna, presidente do Simeam.

Jesem Orellana, epidemiologista da Fiocruz, também fala que o plano do governo traz maior risco de contaminação em ambientes de hospital.

"Embora o governo e as autoridades afirmem que adotaram algumas precauções, alguns procedimentos, alguns protocolos, nós sabemos que na prática que isso não evita as infecções cruzadas, entre os diferentes pacientes, entre profissionais e alas dos hospitais".

O secretário de saúde diz que precisa salvar vidas e explica como vai funcionar.

"Nós já temos a experiência na Maternidade Ana Braga, que é referência covid, que desde março e abril vem trabalhando com paciente de forma segura, sem contaminação de outros profissionais, sem contaminação de outros pacientes ou acompanhantes que estejam naquelas unidades.

Todo um protocolo segregado está sendo construído com andares ou unidades específicas para o atendimento covid nessas redes de maternidade.

Então, nosso objetivo aqui é salvar vidas, o máximo de vidas possível", explica Marcellus Campelo, secretário de saúde.

O governo do Estado e a prefeitura de Manaus ainda avaliam a reabertura do Hospital de campanha.

Unidades Básicas de Saúde e Serviços de pronto atendimento também estão atendendo casos.

Enquanto isso, a procura pelos hospitais é grande.

Bruno contou que desde a madrugada tentava atendimento para a irmã com febre e falta de ar.

Passou por três unidades.

Na tenda de triagem do hospital 28 de agosto, que tinha muita gente, a irmã dele foi receitada e dispensada pra casa.

"Ela não fez teste pra covid, sendo que ela cuidou de mim e da minha esposa, que nós dois tivemos covid há duas semanas atrás.

E é minha indignação maior é porque se uma pessoa procura socorro de madrugada é porque ela precisa", conta Bruno Gomes, pastor.

Neste sábado (2), a pedido do Ministério Público, o juiz Leoney Harraquian suspendeu por 15 dias no Amazonas as atividades de estabelecimentos não essenciais.

Só podem funcionar farmácias, supermercados e padarias, por exemplo.


Publicada por: RBSYS

BAIXE NOSSO APP

Utilize nosso aplicativo para escutar REDE NHC direto de seu dispositivo movel.

img

Copyright © 2024 REDE NHC. Todos os direitos Reservados.